Na manhã do último sábado, 01, Diadema recebeu um grande mutirão de atendimento veterinário que beneficiou mais de 600 animais, organizado pela ativista e protetora dos animais Priscila Tapia em parceria com a ONG Cão Sem Dono e o ex-vereador Edvaldo da Farmácia. A iniciativa, apoiada pelo deputado estadual Fábio Faria de Sá, teve como objetivo desafogar os hospitais públicos da cidade, oferecendo atendimentos gratuitos e triagem para vacinação, cadastro para castração e orientações veterinárias.
Priscila Tapia explica: "A nossa ideia é desafogar os hospitais públicos, porque a maioria desses animais, eles vão estar numa fila, vão passar um tempo esperando até serem atendidos. Aqui eles já chegam, já são atendidos, triados, fazem a vacina, fazem o cadastro para castração, que castração é uma questão de política pública".
Ela destaca a importância da castração para o controle populacional: "Nós precisamos ter mais ou menos 30% da população de animais castradas da cidade para sentir alguma diferença futuramente. O ideal é que seja 100%, obviamente."
Sobre a demanda local, Priscila disse estar surpresa com o volume de pedidos: "Eu não consegui responder todas, porque tem muita gente falando que a cidade de Diadema tá bem carente no atendimento veterinário e principalmente a castração."
Ela reforça ainda o caráter colaborativo do mutirão: "Se você tiver algum produto para doar de animais, nós recebemos, porque o caminho é assim, nós recebemos lá e doamos nos mutirões. Então, vai fazendo a diferença para essas pessoas. Nada, nada se perde."
No tocante ao projeto de lei para controle de raças de potencial perigoso, Priscila detalha: "Todo animal, toda pessoa que for comprar ou adotar um animal de potencial, ela precisa ter um curso antes... Você precisa ter os comandos básicos, sentar, fica. E aí, depois disso, você vai colocando limites. Então, seu animal aprende a te respeitar e a conviver."
Ao falar sobre preconceito contra pitbulls, ela ressalta: "O problema maior dele é a potência da mordida e o tamanho da boca. É esse o maior problema, assim como outras raças. O cuidado não é, o medo não é somente com a raça pitbull e nem qual é a origem dele, mas realmente quem está por trás da coleira, quem que vai segurar esse animal e quem vai cuidar dele."
Priscila ainda conclui um ponto essencial: "Nós queremos formar bons adestradores e bons tutores. Se der tudo certo, até para as raças de menores riscos, porque todo animal precisa ter um comando e ter um controle".
Este mutirão em Diadema simboliza um compromisso concreto com a saúde e bem-estar animal na região, promovendo políticas públicas, educação e solidariedade para um futuro mais responsável e atento aos direitos dos animais.
