Atitude foi vista como autoritária e desleal por vendedores e donos de agências dos Correios que atuam há anos com o Mercado Livre”. ABRAPOST (Associação Nacional Brasileira de Franquias Postais) diz estar atenta com a situação
Elias Lubaque
O Mercado Livre que foi avaliado em 30 bilhões em 2019, cresce de forma acelerada, por conta dos seus milhares de vendedores dos quais não tem vínculo trabalhista, e nem uma garantia. Esses vendedores recentemente, foram obrigados a fazer suas entregas a partir de um ponto específico, escolhido pelo próprio Mercado Livre. E assim excluindo as agências dos Correios de participarem das entregas. Esse novo esquema exclui os Correios de ser uma escolha por parte dos vendedores de despacharem suas mercadorias.
“O Mercado Livre está nos obrigando, todos os vendedores, incluindo pessoa física a levar os produtos em um ponto de despacho indicado por eles. Ocorre que essa situação vai de encontro com a facilidade que os vendedores tinham com a retirada de nossos produtos pelos correios”, revela Derli Domingos vendedor pessoa física do Mercado Livre.
Além de toda essa complicação e dificuldade imposta pela empresa argentina em território brasileiro, excluindo os Correios. Os vendedores se encontram em um dilema por conta de não ter como garantir uma entrega eficiente, o que pelo Correio sempre foi realizada com garantia e competência. E sem dizer da concorrência da qual o Correio sempre tem bons valores. “Ao levar nestes pontos escolhidos pelo Mercado Livre nós vendedores ficamos sem saber se a entrega será realizada sem nenhum dano as mercadorias, já que serão feitas por empresas terceirizadas, como exemplo a empresa Jad Log. E também perdemos nosso poder de escolha por preços mais em conta, justo”, diz o vendedor Célio Silva, vendedor na plataforma. E continua: “as facilidades e a credibilidade dos Correios, traz segurança de saber que os produtos irão seguir de uma forma inviolável”.
O que chama atenção nessa manobra do Mercado Livre para os donos de agências dos Correios é a forma autoritária, sem dar chance de escolha dos vendedores. “Chega a ser desleal a atitude do ML. Sem falar na dificuldade que será encontrar um local para despachar as encomendas. E com o fim da parceria, os Correios pode demitir até 5.000 funcionários o que já vem acontecendo Brasil à fora”, comenta o dono de agência, que com medo de represália, não quis se identificar.
O presidente da ABRAPOST (Associação Nacional Brasileira de Franquias Postais), Chamoun H. Joukeh disse que está sendo realizados trabalhos para que se tenha a dimensão do problema e a situação que se encontra as problemáticas referentes às decisões tomadas pela empresa. “Estão sendo feitos levantamentos de dados e informações que possam ser avaliados os impasses desses movimentos que estão acontecendo”.
Fonte: Grupo ABC News